Sacramentos

O que é Sacramento?

Os Sacramentos são sinais visíveis, instituídos por Cristo, confinados à Igreja, que significam e conferem a graça.

Sacramento é sinal eficaz da graça e sempre pressupões fé.

Os Sacramentos nos dão "pintas", sinais de Deus, onde o homem pode refugiar-se do mal.

Os Sacramentos são: Batismo, Crisma, Ordem, Matrimônio, Unção dos Enfermos, Penitência ou Confissão, Eucaristia

 1º Sacramento - Batismo

Batismo é o primeiro gesto da redenção de Cristo, quando pela fé aderimos a ele.

Batismo é o sacramento da comunidade. Deus basta-se a si próprio, as preferiu contar com nosso esforço.

O batismo e a crisma formam os chamados sacramentos de iniciação, pois  iniciam  a pessoa na vida cristã. O batismo inicia e a crisma completa.

O Batismo: Torna-nos Igreja-comunidade;

                  dá-nos um lugar na família de Deus;

                  lava-nos do pecado original.

Pecado original o que é?

Não se trata de um pecado hereditário ou congênito, nem se trata de pecados cometidos pelos pais ou por outras gerações

Pecado original é tendência natural que nasce com o homem para romper com Deus. É uma inclinação natural para praticar o mal, e assim contrariar a finalidade para a qual foi criado.

Pecado, o que é?

• É a negativa do amor;
• É a ruptura com Deus;
• É dizer não a Deus;
• É a negativa consciente do homem em aderir ao plano.

Condições para que haja pecado

• Consciência
• Conhecimento (ou liberdade)
• Matéria grave

        Existe o pecado pessoal, aquele que você e eu cometemos, seja ele de ação má ou de omissão, e existe o pecado social que é aquele cometido estruturalmente, ou seja, pelos sistema social, político e/ou econômico. Quem convive num sistema de pecado e não o denuncia, ou dele tira proveitos, comete o pecado social.

        O pecado, tal qual a graça, é  comunicativo. Por palavras, por maus exemplos, por pressões sociais e psicológicas, também se comunica o pecado, levando outras pessoas a cometê-lo.

        O pecado desintegra o homem que, desintegrando-se, desintegra a sociedade.

Os sinais do batismo

• Matéria: a água
• Forma: "Eu te batizo, em nome do Pai, + do Filho e do Espírito Santo".
• Ministro: o padre (ordinário) ou o diácono, e o leigo (por delegação).
• Efeitos: a graça, a comunhão com Deus, a irmandade com Cristo, a inserção na comunidade e a participação no sacerdócio, na profecia e na realeza de Cristo.
• Gesto: o sinal-da-cruz e a imposição das mãos.

Os símbolos principais do batismo

• A água: simboliza a vida, a limpeza do pecado.
• A vela: simboliza o Cristo (luz do mundo), simboliza a fé e simboliza a missão (vós sois a luz...)
• A veste branca: significa a pureza, a disponibilidade e a alegria (a veste branca é o traje do "homem novo", assim tornado pela graça).

Tipos de batismo

• comum: aquele que se conhece; o batismo litúrgico, feito através da água;
• de sangue: realizado por mártires da fé cristã, que dão o seu sangue pela causa de Cristo; e mesmo sem haverem recebido o batismo comum, tornam-se batizados pelo sangue derramado;
• de desejo: quando o catecúmeno (aquele que se prepara para o batismo) expressa seu desejo de batizar-se e morre antes da recepção do sacramento, considera-se como batizado, através de seu desejo de receber o batismo. Algumas correntes teológicas modernas vêem também o "batismo de desejo" na família que desejava batizar uma criança que faleceu antes de fazê-lo.

Coisas práticas

• o batismo deve ser feito em comunidade, e não (como antigamente) em cerimônias reservadas e exclusivas;
• os padrinhos devem ser pessoas de vida regular, moral dentro dos padrões, e católicos inseridos em comunidade (paróquia, comunidades, movimentos, etc.);
• padrinho não é aquele que dá presentes, mas aquele que assume junto com os pais ( e prioritariamente na falta deles) a educação cristã do batizado.

É importante para o cristão viver os eu batismo, ser missionário de Cristo.

2º Sacramento -  Crisma

Crisma é um Sacramento de iniciação, que fecunda o batismo e vincula-nos mais estreitamente à Igreja, fortalece-nos para a vida comunitária, por força dos dons do Espírito Santo. É confirmação..

É o sacramento do heroísmo e da fortaleza, numa profissão de fé, pública e comprometida, que nos torna testemunhas de Cristo. Crisma é a força de nos encaminhar para ordenar e transformar o mundo segundo os critérios de Jesus Cristo e o plano de Deus.

Crisma é o sacramento da responsabilidade; para o batismo fomos levados no colo (éramos ainda criancinhas); para a primeira eucaristia, foram encaminhados pelo pai ou pela mãe. Na crisma deve ser diferente: o jovem procura a Igreja e, numa decisão própria, a firma: “Eu quero ser crismado; estou apto a assumir as responsabilidades do cristão!”

Assim como o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos, em Pentecostes, dando-lhes fé, força, coragem e entendimento, assim o mesmo Espírito desce sobre o crismando, tornando-o capaz de ser uma pessoa nova, uma testemunha de Cristo, em todos os ambientes.

O Espírito Santo agindo sobre nós, dá-nos força, coragem e entendimento para nos tornarmos “homens novos” renunciando às coisas velhas do passado, deixando de lado o velho Adão, coberto pelas seqüelas do pecado, para nos convertemos no Cristo ressuscitado.

Os sinais da crisma

• Matéria: o óleo
• Forma: “Recebe por este sinal + o dom do Espírito Santo”
• Ministro: o bispo (ordinário) ou padre ( por delegação).
• Efeitos: libertar, evangelizar, proclamar, dar vida nova e fazer-nos testemunhas.
• Gesto: imposição das mãos.

3º Sacramento - Ordem

Ordem é o sacramento que perpetua o sacerdócio de Cristo entre os homens. O presbítero (padre) busca a glória de Deus, fazendo que os homens conheçam e aceitem a Cristo, manifestando sua presença em toda sua vida.

A missão do padre é:

• pregar a palavra;
• oferecer o sacrifício da eucaristia;
• entregar-se a serviço do povo;
• anunciar a Cristo através de um sólido testamento de vida;
• animar a Cristo através de um sólido testamento de vida;
• animar comunidades cristãs, vivendo todos os desafios dessas comunidades;
• levar os homens a Cristo e Cristo aos homens.

Toda a igreja sempre deve estar em oração constante para que o Senhor nos envie operários para a sua messe, fazendo nascer no seio das famílias vocações verdadeiras, sólidas no exemplo de amor e de participação que devem brotar de nossas famílias. A família é o primeiro seminário. De lá nasce a vocação para o amor, para o sacerdócio, para o serviço, para o civismo e para a própria família. De famílias constituídas sobre o amor nascem santos, heróis, cientistas e pessoas desprendidas, voltadas para o bem-estar de todos.

Obstáculos às vocações

• egoísmo crescente;
• o hedonismo (culto ao prazer);
• poucas famílias realmente cristãs;
• isolamento dos sacerdotes 9falta de assistência da comunidade aos padres);
• falta de simplicidade de vida (em geral, somente onde se cultiva uma vida simples é que nascem vocações);
• insegurança econômica (padres tem que se dedicar a outras atividades paralelas, para sobreviver);
• falta de seriedade com que o povo trata a vida sacerdotal e consagrada.

Os sinais da ordem

• Matéria: o óleo.
• Forma: fórmula especial.
• Ministro: o bispo.
• Efeitos: consagração a Cristo.
• Gesto: imposição das mãos.

4º Sacramento - Matrimônio

    Matrimônio é o sacramento d ávida familiar em Cristo. É o sinal do amor de Deus aos homens.

    Ora, sabemos por definição que Deus é amor (I João 4, 8,16)

    Assim se queremos fundar uma sociedade de amor (o que é o casamento senão uma sociedade de amor?), Deus, que é amor, deve vir para o meio de nós. Só assim a união será perfeita.

    O sacramento do matrimônio torna claro para o casal o imenso amor de Deus. Seu encontro não foi casual; duas pessoas se encontram, se conhecem e se amam, e resolvem unir-se para a vida toda, atendendo ao misterioso chamado do plano de Deus, que destinou homem e mulher para serem instrumentos recíprocos de salvação, libertação e santificação. A união de duas pessoas, no amor de Cristo, é um passo importante de adesão ao plano de salvação, carinhosamente concebido pelo Pai

Problema da família atual

    Os sinais do matrimônio

• Matéria: o amor.
• Forma: “Eu te recebo como meu marido ( minha mulher) e prometo-te ser fiel, na pobreza e na riqueza, na saúde e na doença, amando-te e respeitando-te, todos os dias da minha vida, até que a morte nos separe”.
• Ministro: os noivos (o padre é a testemunha da Igreja).
• Efeitos: união indissolúvel de duas pessoas (homem e mulher) no amor de Cristo e para Cristo.
• Gesto: imposição das mãos.

Meditação

    Pela forma como vive uma família, você poderá afirmar se Deus vive ou não com eles. Não que se diga que Deus não está no meio das pessoas e em seus corações; mas em algumas familias nota-se que Deus foi colocado de lado, em segundo planoe, infelizmente, em alguns casos, até expulso.

    Todas as atitudes antiamor, como ódio, egoísmo, discussões, infidelidades, indiferença, expulsam Deus do seio de uma família. Por isso, é fácil constatar-se a presença ou não de Deus numa família. Se há aconchego, perdão, ajuda, fidelidade,união certamente se sentirá a presença forte de Deus entre eles. Quando você vir uma família que não vive bem, que não se relaciona bem, que está se desmantelando, pode apostar: Deus não está no meio deles, porque suas atitudes egoístas e auto-suficientes o expulsaram.

5º Sacramento - Unção dos Enfermos

    A unção dos enfermos é o sacramento que santifica o sofrimento, purifica a alma e reconforta o corpo.

    O sofrimento humano completa - segundo São Paulo - o sofrimento de Cristo na cruz, em sua missão redentora.

    Todo os milagres que Jesus praticou em sua vida pública são os sinais de seu poder eterno. Hoje é diferente. Muitas pessoas enfermas. angustiadas, atormentadas não se lembram de Jesus, consultando os pais-de-santo, os médiuns-espíritas, ou fazendo pactos macabros com as forças do mal, na vã esperança de solucionar seus males, quando a solução verdadeira e definitiva é fazer como fizeram tantas pessoas daquele tempo: chamar Jesus.

    O sofrimento não faz parte do plano de Deus. É errado na hora de uma doença, de um acidente, ou da morte, dizer: "Foi vontade de Deus.." Não, Deus não quer a morte, nem o sofrimento. Morte e sofrimento são fatos normais na vida do homem ocasionados por dois fatores humanos, sendo um deles a fragilidade da nossa matéria humana.

    Portanto o sofrimento brota da nossa fragilidade; nasce da fraqueza da nossa carne humana. Outros sofrimentos são geralmente provocados pela irresponsabilidade, pela imprudência ou pela maldade de outras pessoas, que. conduzindo equivocamente sua faculdade de liberdade, matam, violentam, ferem, sequestram e agridem os próprios irmãos. O sofrimento e a morte no mundo tem duas raízes derivadas do pecado: a fraqueza e a liberdade mal conduzida. Nunca é " vontade de Deus", smepre há um fator humano atuante.

Os sinais da unção dos enfermos.

• Matéria: o óleo
• Forma: "O Senhor venha em teu auxílio"
• Ministro: o padre
• Efeitos: saúde, força, perdão, consolo, alívio
• Gesto: imposição das mãos.

6º Sacramento - Penitência ou Confissão

    Penitência ou confissão é o sacramento do perdão e da misericórdia de Cristo. É também conhecido como "o sacramento da volta", retratado que é na parabola do filho pródigo, onde se realça a misericórdia do pai em acolher o filho que, reconhecendo o erro, retorna à casa paterna, de onde nunca deveria ter saido. Aqueles que se aproximam do sacramento da penitência otêm a libertação e o perdão de seus pecados, pela misericórdia de Deus, que estabeleceu desde o principio seu plano (o plano de Deus) para reerguer o homem, desfigurado e destroçado pelo pecado. Ora, se São Paulo nos ensina que o salário do pecado é a morte (Romanos 6,23), a penitência que apaga o pecado é fonte de vida em Jesus Cristo, que instituiu esse sacramento, antes de subir ao Pai, dando aos apóstolos ( e aos padres hoje, por extensão) o poder de perdoar, em seu nome, os pecados.

    Tem gente que não confessa seus pecados por vergonha, talvez por não querer contá-los a um homem. No entanto, essas pessoas não têm vergonha de contar (e, às vezes, até aumentam) as suas façanhas e aventuras. O padre é o ministro que ouve a confissão, guarda absoluto sigilo dela, dá o preceito moral conforme os ensinamentos da Igreja, fixa a penitência e - em nome do Deus trino (Pai, Filho e Espírito Santo) - dá a absolvição dos pecados. A absolvição nos limpa, dá alegria e devolve a paz. Hoje, num mundo de tanto pecado, de tantas injustiças, é preciso se estar bem atento para não sucumbir às pressões do pecado e do mal, organizados contra nós. Pecar é dizer não à inspiração do Espírito Santo, é rejeitar seus dons e virar as costas a Jesus Cristo.

    Atualmente, muitas pessoas dizem que isso ou aquilo não é pecado. Já em 1994, o papa Pio XII advertia: O maior mal de nossa era é que o homem perdeu a consciência do pecado

        Formas de pecado:

Confissão social: "Confessai os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros para serdes curados" (Tiago 5,16)

Confissão sacramental (a que liberta do pecado): "Recebei o Espírito Santo. Áqueles a quem perdoar-des os pecados, serão perdoados; àqueles a quem não perdoardes, não serão perdoados" (João 20,22-23)

Confissão parassacramental: "As pessoas da Judéia, de Jerusalém e de toda a circunvizinhanças do Jordão vinham a ele (João Batista). Confessavam seus pecados e eram batizados por ele nas águas do Jordão" (Mateus, 3,5-6)

Sentido de purificação: "Jesus viu-os e disse-lhes: 'Ide e mostrai-vos ao sacerdote'" (Lucas 17,14)

Tipos de confissão:

• comunitária ou coletiva;
• individual ou auricular;
• mista: os preceitos são comunitários e a acusação e absolvição são individuais.

Os sinais da penitência ou confissão:

• Matéria: os precados ( o arrependimento deles).
• Forma: "Eu te absolvo de todos s teus pecados em nome do Pai + do Filho e do Espírito Santo".
• Ministro: o padre.
• Efeitos: perdão dos pecados, restabelecimento do canal da graça entre Deus e o homem, libertação e consciência da misericórdia do Pai.
• Gesto: imposição das mãos

Meditação              

    E não sou capaz de escapar-lhes, Senhor, conheço por demais estas misérias. Vejo-as, que me aparecem: ouço-as, que me falam; sinto-as, que me esbofeteiam. Pois eu as conheço, Senhor. Eu as conheço enquanto ia adormecendo:

    Sei que naquele único quarto mistura-se hálito empestado de treze pessoas amontoadas.

    Sei que uma mães pendura ao teto a mesa e as cadeiras para se estender as enxergas no chão.

    Sei que os ratos acorrem para roer as cascas de pão velho e morder os bebês.

    Sei que o homem se levanta para abrir o encerado por cima da cama encharcada de seus quatro filhos.

    Sei que a mamãe fica em pé a noite inteira, porque só há lugar para uma cama e as duas crianças estão doentes.

    Sei que um bêbado vomita sobre a criança que dorme ao lado dele.

    Sei que o rapaz foge sozinho dentro da noite porque não aguenta mais.

    Sei que os homens brigam por causa das mulheres, pois são três casais no mesmo sótão.

    Sei que o irmão gera um filho com a irmã porque ele tem 20 anos, ela 16, e dormem todos dois corpo a corpo no mesmo colchão.

    Sei que a esposa rejeita o esposo, pois não há mais lugar para outro filho dentro de casa.

    Sei que um menino agoniza mansamente, preparando-se para se reunir lá no céu a seus quatro irmãozinhos...

    Sei, sei mais ainda.

    Sei centenas de outros fatos, enquanto em paz eu ia dormir entre meus lençóis branquinhos.

    Quisera não saber, Senhor.

    Quisera que fossem histórias.

    Quisera persuadir-me de que estou sonhando.

    Quisera que me provassem que exagero...

(Michael Quoist, do livro Poemas para Rezar).

7º Sacramento - Eucaristia

    Eucaristia, que quer dizer ação de graças, é o sacramento do amor, pois é o encontro vivo e pessoal de Cristo com o homem.

    A eucaristia é o àgape (a festa, o banquete) da memória: "Façam isto para celebrar a minha memória".

    É sacramento porque é sinal de Deus, e nos compromete com ele, com seu plano, com a comunidade e com a recriação do mundo, segundo os seus critérios.

    A eucaristia é celebrada onde há amor e justiça. É bom lembrar que onde não existem justiça e amor não há eucaristia.

O mistério da eucaristia

    A eucaristia é o grande mistério da nossa Igreja, só aceito pelo povo crente através da fé. Eucaristia é mistério da fé. É o ponto alto, o ponto central da missa. Por essa razão, a missa deve ser sempre o centro da vida do cristão, pois Cristo é o centor da celebração da missa, na eucaristia.

    O pão e o vinho, fruto da videira e do trabalho do homem, consagrados no altar, mudam (a expressão correta é transubstanciam-se), trocam de substância, após a consagração, para corpo e sangue de nosso Senhor Jesus Cristo.

    A eucaristia (a hóstia grande ou as partículas) não significa nem tampouco representa o corpo de Cristo, mas é o corpo de Jesus. O vinho consagrado não significa o sangue, mas é o precioso sangue de Cristo. - "Isto é o meu corpo....Isto é o meu sangue."

    Então, sob as aparências de pão e vinho, temos Jesus com seu corpo e com seus angue à espera de nós, hoje e sempre. Essa é a mais amorosa forma que ele escolheu para  estar sempre conosco.

    Na eucaristia, o cristão encontra alivio e refúgio para as tribulações de sua vida. É fácil, basta procurar com o coração, pois: "Buscareis e me achareis, se me buscardes de todo o coração." (Jeremias 29,13)

    No sacrário, Jesus está sempre à nossa disposição. Podemos recebê-lo fisicamente na missão, na eucaristia, ou podemos ir ao templo e orar a ele, conversar com ele, adorá-lo, contar-lhe coisas de nossas vida, de nossas alegrias, nossos projetos e decepções. O sacrário é a casa onde Cristo se encontra pessoalmente. - No dia em que tivermos consciência de que Cristo está presente no sacrário, certamente iremos com mais frequência à igreja.

    O sacrário é a tenda que Deus veio armar no meio de nós (Ezequiel 37,27), para estar sempre conosco, participando de nossa vida, fazendo história conosco. A luzinha vermelha, junto ao altar, é sinal da presença de Cristo entre nós, como aquela chama de fogo que ia à frente do povo hebreu quando foi libertado do Egito, e que significava que Deus estava com ele.

    O sacrário, a chama e a cruz dão-nos a exata visão do amor de Deus, fornecendo-nos, para sempre, em nova e eterna aliança, seu Filho Jesus Cristo e o Espírito Santo santificador e doador de todos os dons. Como afirma São Paulo: "Para os que se perdem, a cruz é loucura, mas para os que se salvam, para nós, é o poder de Deus". ( I Coríntios 1,18)

Condições para se participar da eucaristia

• ser batizado;
• ter-se preparado e feito sua primeira eucaristia;
• estar em estado de graça, isto é, sem pecado;
• estar em jejum eucarístico de uma hora;
• ter fé que sob as aparências de pão e vinho está Jesus;
• estar disposto a assumir os compromissos de comunhão, decorrentes da eucaristia.

Lição da eucaristia

    Ação de graças: graças pela vida, pelo amor, pela comunidade e pela redenção

    Partilha: assim como Cristo se dá a todos e continua indivisivel, nós devemos, além de dar-nos, também repartir as nossas coisas materiais.

    Comunhão: o estar com Deus deve também significar união com o irmão.

    Celebração da vida: a eucaristia é o pão da vida e quem a recebe está em graça e está na vida (e vida abundante).

    Memorial da entrega:  assim como Cristo se deu por nós, também nós devemos estar dispostos, se preciso for, a dar nossa vida pela causa do Evangelho.

    Democracia: a fila da eucaristia, acolhendo a todos ( pobres e ricos, brancos e pretos, patrões e empregados), dá-nos a grande lição de democracia e igualdade.

    Reconciliação: só pode participar quem está em paz com Deus, consigo e com o irmão.

Os sinais da eucaristia

• Matéria: pão e vinho
• Forma: "Enviai o vosso Espírito Santo, a fim de que  estas ofertas se transformem no corpo + e n sangue de Jesus Cristo..." ( as palavras da consagração).
• Ministro: o padre
• Efeitos: confere aumento de vida
• Gesto: imposição das mãos

Fonte: "Crisma, o sacramento da responsabilidade - 7ª Edição 1996 - Autor: Cármen Silvia Machado Galvão; Antonio Mesquita Galvão"